terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2007

Talvez seja melhor indispor os planos, consultar as fotografias, reler os poemas, procurar luzes dentro da terra. Depois de um ano assim sem referências, assim apaixonado, assim assim de todo jeito indizível, inesperado e tão cheio de decisões, começo o ano sonhando com sobremesa de banana e passando roupa em um dia nublado de verão. Contabilidade? 16 livros, 90 filmes, Brasília, Rio de Janeiro, Paraty, Los hermanos, Pirinópolis e baratas, Laura fazendo piadas, Namorado que se tornou vizinho, momentos de vestibulanda, bolsa de extensão, congresso de jornalismo científico, desistência de ser jornalista, transferência de curso, cinema, tartaruga machucada, lagartos no quintal, sítio, ovos e leite, meu primeiro "livro de poemas", vontade de ver pato fu, de mudar a cor do quarto, de dizer um milhão de vezes que tenho o melhor Namorado do mundo, saudade, distância, falta de palavras, de disciplina, calçados que não duram, suco do márcio, tigelas de açaí, terapia, computador só pra mim, livro de fotografia, filmes comprados na promoção, boletins de rádio, apresentação de tele-jornal... Juntar tudo e misturar bem: linhas e curvas de um ano que passou, de cheiros por aí, de cores de filme, de vôos nas palavras, de dúvidas, de mudanças, de coisas que compõem os cantos, encantos, sonhos, acasos e futuro que não dá pra saber.

Enfim, sopro de começo de outro ano. Da continuação do que parece acabar, mas que faz parte das lembranças, das comemorações, dos sussurros, do perfume da Vida...